segunda-feira, 22 de outubro de 2012

COQUETELARIA





A evolução da coquetelaria

Século XVII
A tradição começou na índia com o ponche, que tinha como base cinco elementos:

  • Alcool-destilado
  • Açúcar
  • Citricos-laranja/limão
  • Agua-sucos
  • Temperos-especiarias

1806-primeira publicaçao da palavra coquetel na imprensa
1862-o primeiro barman Gerald Thomas
-primeira publicação de livro de coqueteis (receitas tinham como base gin/Bourbon)
1920-lei seca (Inglaterra e América) coquetelaria fez parte da revolução de comportamento
Como o jazz, cigarros, etc.
-cuba se torna paraíso da coquetelaria, pois não há lei seca.
1930-gin/glamour e primeiras escolas de barman
1940-primeira gerra, com os homens no front, coqueteis se tornam mais decorados voltado para as mulheres que ficaram em casa.
1950-com fim da guerra o gin ocupa o topo, por sua facilidade de destilação.
-surgiu a refrigeração, alavancando a vodka e os outros destilados.
1960-coquetelaria se consolida no mundo moderno
1970-bebidas decoradas, disco music.
1990-clássico aperfeiçoado e volta com requinte e equilíbrio

Coquetelaria básica internacional


  • Licores
  • Destilação
  • Whisky/Bourbon
  • Brandies/cognac/armagnac
  • Cachaça
  • Drinks e suas historias
  • Wyborowa sabores
  • Wyborowa



Licores

São bebidas espirituosas, altamente condimentadas para serem apreciadas em pequenas quantidades junto com café ou após a refeição. Existem 03 processos para a fabricação de licores: destilação, infusão ou adição pura e simples de especiarias sintéticas ou naturais ao espirituoso.

  1. Destilação - as frutas, ervas e outros ingredientes são macerados em um espirituoso e a mistura então é destilada. Este processo é mais usado para especiarias voláteis (hortelã, laranja, tomilho);

  1. Infusão - é o processo de adição de frutas e outras especiarias aos espirituosos, cujo produto é filtrado depois e adocicado.
O processo de infusão resulta em licores inferiores, mas é este processo que deve ser usado para especiarias que só se incorporam na infusão;

  1. Adição - utilizado principalmente na produção de licores inferiores e mais baratos, consiste na simples adição de especiarias ao espirituoso, com seu subseqüente adoçamento e coloração.

Os licores mais conhecidos são:

AMARETTO (24-28%)
Licor com sabor de amêndoas, produzido originalmente na Itália com caroços de abricó. Conta-se que foi feito pela primeira vez em Saronno, em 1525, como um tributo ao pintor Bernardino Luini de uma de suas modelos. É um complemento útil no bar e, às vezes na cozinha.

CURAÇAU (25/40%)
É o único termo genérico para licor de laranja. Todos os outros são marcas registradas. Há diversos tipos, variando entre os bem doces e os secos. O mais conhecido é o triple séc., feito com distinção pela firma francesa Cointreau. O curaçau é feito com a casca de pequenas laranjas verdes e amargas cultivadas na ilha do mesmo nome, nas Antilhas Holandesas. Por isso mesmo, os destiladores holandeses produzem grande variedade de tipos desse licor. O curaçau é apresentado em diversas cores, que servem apenas como elemento decorativo.

COINTREAU
É a marca de triple-sec mais famosa do mundo, feito pela respeitada firma francesa do mesmo nome. O triple-sec é um licor incolor de curaçau, um licor produzido com a casca de pequenas laranjas verdes originárias da ilha de Curaçau, nas antigas Antilhas Holandesas. A casa Cointreau é a pioneira no mundo na produção de curaçau, hoje uma especialidade também entre os holandeses.

CREME DE CASSIS
Licor de blueberry feito na região de Borgonha, na França. Cassis é também nome genérico de um vinho branco da região de Provença.

CUARENTA Y TRÊS (34%)
Quarenta e três ingredientes entram na composição desse licor patenteado espanhol, feito à base de brandy e muito popular em seu país. Bastante doce, com um ligeiro sabor de baunilha.

CURAÇAU (25/40%)
É o único termo genérico para licor de laranja. Todos os outros são marcas registradas. Há diversos tipos, variando entre os bem doces e os secos. O mais conhecido é o treli séc., feito com distinção pela firma francesa Cointreau.
O curaçau é feito com a casca de pequenas laranjas verdes e amargas cultivadas na ilha do mesmo nome, nas Antilhas Holandesas. Por isso mesmo, os destiladores holandeses produzem grande variedade de tipos desse licor. O curaçau é apresentado em diversas cores, que servem apenas como elemento decorativo.

BAILEY'S IRISH CREAM (5% OU MAIS)
Um original uísque com sabor de chocolate, de consistência espessa e cremosa e baixo teor alcoólico, produzido na Irlanda. Lançado nos anos 70 é um dos poucos drinques novos que fizeram sucesso ultimamente.

DRAMBUIE (40%)
O mais antigo e famoso licor de uísque. Segundo consta, a fórmula pertencia ao belo príncipe Charles, da Inglaterra, que a presenteou aos atuais produtores em agradecimento por serviços prestados. O Drambuie, palavra que significa “drinque que satisfaz" em gaélico, é produzido com highland malt whisky e mel de urze. Há vários licores de scotch, entre os quais o Glayva, feito com ervas e especiarias, é o mais conhecido. Outros ótimos licores do gênero são o Glenn mist (o mais seco deles) e o irlandês Irish mist.

GRAN MARNIER (45/40%)
Licor de laranja à base de conhaque feito pela firma francesa do mesmo nome. As laranjas são do tipo curaçau, maceradas no conhaque. A versão cuja garrafa leva uma fita amarela semelhante a uma condecoração é a de menor teor alcoólico.

KAHLUA (26,5%)
Licor de café originário do México e muito popular nos Estados Unidos, onde é tomado após as refeições ou utilizado em coquetéis e sobremesas.

SAMBUCA (40%)
O modo mais divertido de tomar esse licor italiano é flambando-o, por meio de um processo tradicional entre os connaisseurs: coloque três ou quatro grãos de café sobre um copo cheio de sambuca; ateie fogo ao licor; deixe que a chama dance por alguns minutos até torrar os grãos, impregnando o licor de um delicioso aroma de café, apague a chama soprando-a. Se você quiser um espetáculo realmente completo, diminua a iluminação da sala antes de sua performance e explique aos convidados que os italianos chamam esse drinque de sambuca com mosche (com moscas), numa referência aos grãos de café. Para os mais preguiçosos ou com menos dotes artísticos, há uma versão de sambuca já aromatizada com café, chamada sambuca negra. Em vez de transparente, como a original, ela é marrom-escura. E deliciosa, pois o sabor forte do café ajuda a "cortar" a doçura do licor. Existem muitos licores de café, mas nenhum tão interessante também como a sambuca negra. Ainda que ela seja prima dos licores de anis franceses e espanhóis, a sambuca é feita por um processo de extração que lhe confere um sabor mais seco; e seu ingrediente principal não é o anis, mas o amieiro.
Atualmente, a sambuca é um drinque meio fora de moda em seu próprio país natal. Espera-se, contudo, que esse tolo e incompreensível desprezo não seja infinito.

TRIPLE SEC (30-40%)
Um dos melhores licores tipo curaçau, mas não tão seco quanto o nome sugere.


Destilação

Destilar: palavra derivada do latin detillare, que significa gotejar ou escorrer. A destilação tem como finalidade separar um líquido do outro, ou um líquido de uma substância sólida, aquecendo-o em altas temperaturas, transformando-se em vapor para que em seguida, através da condensação volte ao estado líquido, gota a gota.
Bebidas destiladas mais usados na coquetelaria é Vodka, Ron, Gin, Cachaça, Tequila, Saquê, Licores.

ALAMBIQUES

Há dois tipos: o POT e o CONTINUOS. O pot é o alambique tradicional, de formato familiar, constituído de um tacho de cobre em que se aquece a matéria-prima a ser destilada e de um tubo que leva o vapor até o condensador. É usado para a produção de bebidas que devem manter o sabor e as características básicas da matéria-prima, como o conhaque, o rum escuro, o malt whisky e os brandies de frutas. O alambique do tipo contínuo, inventado na Escócia no início do século XIX, é mais moderno, econômico, versátil e de operação rápida, mas indicado apenas para produção de destilados neutros, como o rum branco, a vodka e a base de alguns licores. No caso do gim, o álcool base é feito num alambique contínuo, mas os aromatizantes são destilados num do tipo pot.



Destilados mais usados na coquetelaria

VODCA (35-80%)
Um termo freqüentemente deturpado e usado erroneamente. Nos países eslavos, vodka é o termo genérico para definir qualquer bebida destilada, seja ela à base de uvas, cereais ou batatas. A palavra é, simplesmente, um diminutivo irônico de "água". Na Polônia e na Rússia, esses destilados existem numa grande variedade de versões aromatizadas com frutas e especiarias e mesmo as vodcas não aromatizadas possuem um ligeiro sabor da matéria-prima, deliberadamente mantido na destilação e realçado pelo envelhecimento. Assim, ao contrário do que pensam os ocidentais, a qualidade de uma vodca não se mede pelo grau de neutralidade de seu sabor. A vodca sem qualquer sabor é apenas um tipo de vodka. O exemplo mais famoso de vodca delicadamente aromatizada é a Zubrówka, que contém em cada garrafa um galho de um vegetal que é o alimento favorito do bisão europeu, típico da região da fronteira entre Rússia e Polônia. Apesar da popularidade das vodcas aromatizadas, foi à habilidade secular dos eslavos em produzir um destilado muito puro e sem sabor que consagrou a vodca como base de coquetéis. Originalmente, contudo, o objetivo de tamanha purificação do álcool-base era produzir uma bebida que não congelassem nas baixas temperaturas, típicas do clima daquela região do mundo. O álcool congela a uma temperatura mais baixa que a água e foi esse o raciocínio que gerou a bebida mais forte comercializada no mundo, a vodca Polissh Pure Spirit (80%). A um nível alcoólico menos violento, a popularidade da Smirnoff, como símbolo das vodcas neutras, criou uma disputa entre poloneses e russos, que até hoje discutem a origem desse drinque. Se a vodca é hoje consagrada como um destilado altamente purificado e sem sabor, como é usada no mundo intero, quem a terá inventado? Talvez a firma Smirnoff tenha a resposta: a Smirnoff é originária da cidade de Lvov, que foi considerada polonesa durante a maior parte de sua história, mas hoje pertence à Rússia. Ainda que a maioria das vodcas neutras seja semelhante em aparência e sabor, aquelas feitas no Ocidente são destiladas de uma grande variedade de matérias-primas, desde a beterraba (na Turquia) até o melaço de cana-de-açúcar (na Grã-Bretanha) e cereais diversos (nos Estados Unidos). As matérias-primas que contém açúcar destilam muito bem, mas os cereais são mais respeitados pelos bons bebedores de vodka. De qualquer forma. Tal polêmica não é importante: a vodca será sempre destilada de qualquer matéria-prima que esteja à mão.

TEQUILA (40%)
O drinque dos anos 70 e talvez dos 80, já que seu potencial como bebida forte e machista, e como base de coquetéis ainda não foi totalmente explorado. Naturalmente, a tequila nunca deixará de ser o drinque oficial do México, o acompanhamento perfeito para a música dos mariachis e para a dança graciosa das " Margaritas". Mas outras utilizações para a bebida ainda estão por ser criadas em anos futuros. A própria tequila levou bastante tempo para conquistar um lugar
Nos bares internacionais. O primeiro registro disponível sobre a exportação de tequila data de 1873. Os livros de registros da cidade mexicana de Tequila revelam que, naquele ano, três barris de vinho de mezcal foram enviados do México para o Novo México. Posteriormente, a tequila foi levada para os Estados Unidos pelos soldados que lutaram contra Pancho Villa em 1916, ainda que o próprio Pancho fosse um fanático abstêmio! Também durante a época da Lei Seca, a tequila certamente cruzou a fronteira americana e, nos anos 50, ela já havia conquistado uma pequena legião de entusiastas nos EUA. Na Califórnia, a tequila sempre foi uma espécie de drinque oficial, e foram os estudantes de Los Angeles que a transformaram em moda no final dos anos 60. Depois, como resultado de campanhas promocionais, ela ganhou ainda mais popularidade. Infelizmente, contudo, as marcas de tequila que abriram caminho para tal sucesso foram padronizadas para atender à preferência americana por drinques de sabor neutro, roubando à bebida parte de sua personalidade. Há quem considere positiva essa transformação e o barman David Embury chega a afirmar que o ritual mexicano para se tomar tequila chupando limão e sal foi criado para neutralizar o odor forte da tequila legítima. Mas esse hábito tem a ver com a necessidade de se refrescar a garganta e há alma nos dias quentes, comuns no México. De qualquer modo, o ritual da tequila é uma instituição nacional e, até hoje, objeto de tolas e intermináveis discussões sobre a ordem correta de se proceder com os ingredientes. A ordem mais freqüente é chupar um limão, tomar a tequila de um só trago e lamber a pitada de sal previamente colocada nas costas da mão. Pode-se ainda mascar tabaco durante a complicada operação. A tequila é feita com a seiva do mezcal, planta também conhecida como century, um tipo de babosa do gênero Agave ou Manguey, e não um cacto como muitos pensam. As plantas nativas dos arredores da cidade de Tequila, nas montanhas de Sierra Madre, no Estado de Jalisco, e em quatro Estados vizinhos, produzem o melhor destilado de mezcal. A tequila, por sua vez, está para o mezcal assim como o conhaque está para o brandy. Tradicionalmente, a tequila é duplamente destilada em alambiques do tipo pot. A melhor tequila é amadurecida em tanques revestidos com cera ou em tonéis de carvalho, raramente por mais de quatro anos.

SAKÉ (14-18%)
Curioso drinque, o saquê não é um destilado, ainda que tenha sabor forte e deva ser bebido em pequenos goles; não é um vinho, ainda que seja definido como um vinho de arroz; tecnicamente é uma cerveja ainda que a cerveja seja o que menos parece ser. Na verdade, essa antiqüíssima bebida japonesa é um fermentado de arroz. O saquê é servido quente, porque o calor faz com que o aroma da bebida se desprenda. Para aquecê-lo recomendo o seguinte: coloque a garrafa de saquê, aberta, numa panelinha de água fervente. Remova quando o saquê atingir uma temperatura de 40ºC. Despeje o saquê aquecido em pequeninas garrafas de cerâmica chamadas tokkuri e, posteriormente, para bebê-lo, em copinhos de porcelana chamados sakazuki. Tome saquê em pequenos goles. Frequentemente os sakazuki possuem um pequeno tubo que os liga ao exterior, destinado a fazer o ar penetrar no recipiente enquanto se bebe, produzindo um leve som de apito.


RUM (40-75,5%)
Todas as grandes bebidas estimulam a imaginação histórica nos homens, inspirando-os a criar mitos que atravessam os séculos. Nenhuma, contudo, é tão pródiga em excitar a curiosidade quanto o rum, cujas origens se perdem na fumaça dos canhões, no cruzar das espadas e na algazarra das tripulações embriagadas. O rum foi à primeira bebida oficial no Novo Mundo, inclusive nos EUA, e conta que os pioneiros marítimos da época navegavam num oceano de rum. Em meio à tamanha excitação histórica, ninguém sabe ao certo onde se produziu o rum pela primeira vez, nem de onde vem seu nome. Há argumentos tentando provar que o rum é uma palavra derivada do dialeto antigamente falado em Devon, uma cidade costeira da Inglaterra; mas ela pode também ser derivada do francês, do espanhol ou até do latim, sacharam, que significa açúcar. Foi Cristóvão Colombo quem introduziu a cana-de-açúcar (matéria-prima do rum) no Caribe, e quase todas as grandes nações européias se envolveram na região. Os holandeses chegaram mesmo a levar o rum para as Índias Orientais. Ele tornou-se a primeira bebida oficial da Austrália e popularizou-se em Java, que o exportava para a Suécia. Os escandinavos também se envolveram no Caribe e uma cidade que antigamente pertencia à Dinamarca, hoje é um importante centro produtor de rum na Alemanha, onde se pode escolher entre o rum tradicional e uma bebida aromatizada com rum chamada verschnitt. Cada nação colonizadora desenvolveu seus próprios métodos de produção, ao que se somavam a influência climática e o tipo de solo de cada região. Até a década de 20, a França dava nomes diferentes a cada um dos drinques produzidos pelos três métodos mais comuns. Hoje, todos são chamados de rum (ou ron, ou Ron, dependendo do país). Por outro lado não pode ser usado o nome de um país para designar um tipo de rum, a não ser que ele tenha sido realmente produzido naquele país. Ainda que cada país produtor de rum tenha sua própria receita tradicional, hoje muitos copiam o estilo de outros países. O rum pode ser feito de dois tipos de matéria-prima: pode ser destilado diretamente do suco da cana esmagada; e pode ser destilado do melaço de cana que sobra depois da extração do açúcar. Uma terceira variação inclui a utilização do dunder, que é o resíduo de uma destilação anterior, destinado a produzir um rum mais forte. Seja qual for à matéria-prima utilizada, o sabor do produto final será ainda influenciado pela duração da fermentação e pelo tipo de alambique usado na destilação. Tradicionalmente, os países de língua francesa usam o suco da cana-de-açúcar, às vezes adicionando o dunder, em alambiques do tipo pot, produzindo um rum mediamente encorpado e de alta qualidade. Entre os países do Caribe de língua inglesa, a Jamaica tem a tradição de produzir um bom rum, bastante encorpado, utilizando melaço de cana-de-açúcar e dunder, em alambiques do tipo pot; a Guiana produz seu próprio tipo de rum, chamado demerara, que é escuro, mas não muito encorpado, por causa da fermentação rápida, utilizando o melaço de cana em alambiques do tipo contínuos: Barbados usam os dois tipos de alambique e faz um rum suave; Trinidad produz um rum mais ou menos leve, em alambiques do tipo contínuos. Os países de idioma espanhol produzem runs leves, com o melaço de cana, em alambiques do tipo contínuos. Os runs leves são amadurecidos por pouco tempo, enquanto os mais encorpados são envelhecidos em tonéis de carvalho escuro por um período de dois a quinze anos. O rum leve (em inglês, light-bobied) é produzido em duas versões: dourado (oro, carta oro ou golden) e transparente (blanco, carta blanca, prata, silver ou White).

PISCO (45%)
Um dos drinques mais em moda ultimamente, é um brandy feito à base de moscatel e amadurecido por pouco tempo em recipientes de barro. Em sua forma mais tradicional, tem aroma de cera de abelha e é destilado em alambiques do tipo pot. Pisco palavra que significa pássaro no idioma quíchua, é o nome de uma tribo do Peru, que fazia ânforas revestidas de cera de abelha para transportar o drinque e também do porto peruano de onde ele é exportado. Bebida também no Chile e na Bolívia, o Pisco começou a ganhar popularidade em algumas regiões dos Estados Unidos no final dos anos 60 e começo dos 70. Uma das marcas mais famosas é a Inca, engarrafada num recipiente em forma de cabeça de índio. O pisco ponche, que na verdade é um coquetel do tipo sour, contribuiu muito para a consagração desse drinque antes de ser considerado primitivo.

GIN (40/47%)
Em primeiro lugar, algumas considerações sobre a origem do termo. Ginepro é a palavra italiana para zimbro; a Toscana, na Itália, é a principal região fornecedora dos produtos de zimbro para a produção de gim. Genever é uma das formas que os holandeses usam para dizer zimbro, e foi na faculdade de medicina de Leydem na Holanda, que o Dr. Franciscus de la Boe conseguiu produzir pela primeira vez um elixir terapêutico destilando os frutos de zimbro, em meados do século XVI. Por outro lado, talvez o termo inglês gin venha de geniève, palavra francesa para zimbro, já que os ingleses e holandeses não devem ter trocado mais que insultos indecifráveis em suas disputas pela conquista domar do Norte. De qualquer modo, gim é uma abreviação de uma das palavras que significam zimbro; juniper (inglês) genever (holandês) Ginepro (italiano) ou geniève (francês). Antes de conseguir fazer um destilado de cereais puro de sabor neutro, utilizou-se uma série de aromatizantes para realçar seus destilados impuros e descobriu-se que o zimbro era o de sabor e aroma mais durável. A partir daí ele se tornou indispensável aos destiladores. Há grande variedade de destilados aromatizados, mas só os feitos com zimbro são gin. Muitos afirmam ainda que, para ser gin, uma bebida tem que ser destilada duas vezes com a mágica frutinha. GENEBRA forma não abreviada de gim, usada principalmente na Holanda.



WHISKY/BORBON




BLENDED WHISKY OU WHISKEY
Blend, em inglês significa mistura. A maioria absoluta dos scotches bebidos no mundo são blends, ou seja, misturas de uísques destilados em alambiques do tipo contínuos, mais baratos e menos saborosos, com uísques destilados em alambiques do tipo pot, mais caros e encorpados. Já nos Estados Unidos costuma-se misturar vários tipos de uísque, ou uísque com destilados neutros, ou ainda uísques de diversos níveis de qualidade, para obter o blended.

BOURBON (40 A 50%)
No município de Bourbon, Estado de Kentucky, EUA, os americanos conseguiram, pela primeira vez, produzir um uísque de milho realmente bebível. Alguns relatos atribuem a proeza a um destilador chamado John Ritchie, que a teria completado em Linn's Fort, a leste de Bardstown, em 1777, outras versões garantem que o herói foi o reverendo Elijah craig, de Georgetown, e o ano seria 1789. De qualquer maneira a história do Bourbon começa com os colonizadores da América. Os imigrantes escoceses e irlandeses, ao se estabelecerem no litoral leste americano, faziam uísque como em sua terra natal: com cevada. Mas, à medida que ocuparam as terras do interior, viram que o solo era mais propício ao plantio de outros cereais, como centeio e o milho. Finalmente, o território ideal à produção de uísque foi delimitado a partir dos lençóis de água pura (chamada spring water, fundamental a formula do uísque) que se estendem sob o solo dos Estados de Maryland, Pensilvânia, Virgínia do Sul Indiana, Illinois e Kentucky.
Hoje, mais da metade das destilarias de Bourbon dos EUA estão em Kentucky, enquanto Marylande Pensilvânia são os maiores produtores de rye - o uísque de centeio. O Bourbon deve de conter, pelo menos, 51% de milho em sua composição, mas geralmente tem 60 ou 80% , misturados a pequenas proporções de cevado e centeio. Os dois clássicos uísques americanos - o Bourbon e o rye - são feitos em alambique tipo contínuos e amadurecidos em barris de carvalho branco queimado por um ano, no mínimo. Os mais puros são amadurecidos por dois anos ou mais, além de armanezados e engarrafados em depósitos com fiscalização legal. O Bourbon e o rye não possuem a sutileza e a sofisticação do scotch e do irish whiskey, mas também não pretendem possuir. Têm uma doçura semelhante à das frutas e um sabor cheio, forte e redondo, em parte porque são destilados a um baixo nível alcoólico, em parte pela influência dos barris de carvalho queimado. Em lugar de sofisticação, eles possuem robustez. São drinques diferentes de seus primos britânicos, criados em outro continente e em outro tempo.

TENNESSEE WHISKEY (45%)
Uísque do tipo straigt produzido no estado de Tennessee, EUA, com pelo menos 51% de um só cereal em sua composição. Na prática, os mais famosos uísques tennessee são feitos no estilo do Bourbon, utilizando sour mash e filtragem através de carvão vegetal.

JACK DANIEL'S (45%) TENESSEE
Marca excelente de uísque americano, feito com raro capricho no Estado de Tennessee e amaciado por uma minuciosa filtragem em carvão vegetal de bordo. Ainda que muito do seu aroma e sabor seja atribuído ao processo sour mash utilizado na destilação (baseado no reaproveitamento dos resíduos), o segredo parece ser de outra ordem, já que o mesmo sour mash é também usado em muitos outros uísques daquele país. O Jack Daniel´s se tornou um símbolo da cultura americana não apenas pela sua qualidade e pela típica garrafinha quadrada, mas também por sua própria história. Fundada em 1866, a Jack Daniel´s é a mais antiga destilaria registrada nos Estados Unidos. Ela nasceu junto com a cidadezinha onde está localizada, Lynchburg (361 habitantes) e até hoje a própria firma faz tudo para manter inata a imagem histórica da cidade. Apesar de ser um dos grandes orgulhos do Estado de Tennessee, o Jack Daniel´s é um uísque do tipo Bourbon, da mesma forma que o seu principal concorrente, o George Dickel Tennessee sour mash, também filtrado em carvão vegetal de bordo.

SINGLE
Termo coloquial usado na Escócia para definir um uísque de cevada puro, não misturado a uísques de outros cereais.


SCOTH
Nome oficial do uísque feito na Escócia. O scotch não pode ser feito na Inglaterra (e nem se faz uísque na Inglaterra), nem nas Américas, nem no Oriente, ainda que nesses continentes importem o malte para misturá-lo e engarrafá-lo. A maioria dos scotches é mistura de uísques de vários tipos produzidos por cinqüenta ou mais destilarias escocesas. Em geral, um scotch padrão é composto de 60% de uísques de cereais diversos (mais leves e baratos) e 40% de uísque de cevada (malt) feitos em diferentes regiões da Escócia, cuja mistura dá a cada marca suas características (mais doce ou seco mais forte ou suave). As marcas mais baratas têm geralmente alta porcentagem de uísques de cereais diversos e às vezes baixo teor alcoólico (ainda que a maioria apresente teor por volta dos 40%). O mesmo ocorre com os scotches leves (light whiskie), preferidos nos Estados Unidos. Nestes, contudo, o pouco malt whisky utilizado é cuidadosamente selecionado. Os escoceses tendem a preferir os schotches mais encorpados, entre os quais The Famous Grouse é um bom exemplo. Por outro lado, Bell's é a marca mais popular na Escócia enquanto Teacher's, mais rico em malt whishy, é o mais consumido na Inglaterra.As marcas de luxo como Chivas Regal e o menos conhecido Old Parr têm uma porcentagem maior de malt whisky. De qualquer modo, são os malt whiskies feitos com cevada em alambiques do tipo pot, que dão ao scotch o seu sabor peculiar. Alguns scotches são feitos só com a mistura de uísques de cevada, sem a adição de uísques de outros cereais e são conhecidos por vatted malts. Um malt whisky puro, não misturado a outros malt whiskies nem a uísques de outros cereais, é chamado straight ou single.


BRANDY/COGNAC/ARMAGNAC



BRANDY (40 A 50%)
Em diversos idiomas, o termo geral usado para definir bebidas alcoólicas é uma corruptela da palavra cuja tradução seria queimar numa referência não à expressão aguardente, mas ao próprio processo de destilação. Os antigos destiladores, verdadeiros alquimistas, submetiam vários líquidos à ação do fogo, para transformá-los em vapor e reconstituí-los numa forma diferente. Em todos os idiomas do norte da Europa, por exemplo, brand significa queimar. Desse modo, através dos séculos, brandy veio a significar um destilado de frutas. Qualquer fruta fermentada e destilada transforma-se num brandy. Qualquer bebida destilada de frutas é um brandy. Todos os famosos destilados de frutas da Alsácia e das regiões vizinhas, bebidas que os franceses em outro truque lingüístico, chamam de eau-de-vie, são brandies, sejam feitos de cerejas, framboesas ou ameixas. Um punhado de maçãs fermentadas e destiladas é um brandy, tenha ou não berço de ouro para ser chamado de calvados.
Se cascas de uva são destiladas e transformadas em marc, grappa ou tresterchamps, o resultado é um brandy. O que não é um brandy é um destilado neutro aromatizado com frutas: esse drinque é um licor. Na linguagem coloquial, ao entanto, a palavra brandy é mais usada para definir destilados de vinho, como o conhaque e o armagnac. Assim, quando a palavra brandy aparece num rótulo sem maiores especificações, ela identifica um conhaque ou um armagnac.

ARMAGNAC (40%)
O segundo melhor brandy do mundo (perde só para o conhaque), até hoje pouco exportado pelos franceses, que se encarregam de consumi-lo. O conhaque e o armagnac são produzidos no sudoeste da França, mas em regiões totalmente diferentes, distantes 150 km uma da outra. A área de produção do conhaque vai do norte de Bordeaux até o litoral; a do armagnac começa bem ao sul de bordeaux e se espalha em direção às montanhas. Essa região sofre a influência climática dos Pireneus e a história dos Basco e Gascões; o armagnac é feito nos municípios de Gers e Led Landes. A região onde se faz o conhaque tem clima ameno e vegetação frondosa; a do armagnac é quente e escarpada.
O conhaque é gerado num solo fértil; o armagnac, num solo arenoso. A uva usada é do tipo St. Emilion; a do armagnac, do tipo folle blanche. O conhaque é duplamente destilado em alambiques do tipo pot; o armagnac é destilado uma só vez, num alambique especial, que mistura características dos tipo pot e contínuos. E é destilado com menor teor alcoólico (ganhando assim um sabor mais intenso), antes de ser envelhecido e combinado. O conhaque é envelhecido em tonéis de carvalho do tipo limousin e tronçois; o armagnac deve parte do seu sabor aos tonéis robustos, escuros e curtidos feitos com carvalho do tipo monlezun. Em seu maior brilho, o conhaque é sofisticado e sutil; o armagnac é generoso e pungente. O conhaque é reconhecido universalmente como a mais elegante das bebidas, mas o armagnac é apreciado e às vezes preferido pelos connaisseurs de brandy. Durante muito tempo, quase toda a produção de armagnac era transportada para o norte e misturada ao conhaque para se obter uma ilusão de envelhecimento, por causa da cor mais escura do armagnac. Hoje, sua ida e procedência são indicadas nos rótulos, da mesma forma que o conhaque. Os de melhor qualidade são feitos em Bas - Armagnac e em Ténarèze, ainda que na região de maior produção seja Haut - Armagnac. Enquanto o conhaque é distribuído no mercado mundial através das grandes marcas - Bisquit, Courvoisier, Martell, Hennessy, Hine, Remy Martin, etc. O armagnac é comercializado de forma fragmentada e irregular.

CALVADOS (40-50%)
Um dos melhores brandies do mundo, o mais fino entre os destilados de maçã, o calvados é um dos orgulhos da Normandia, na França, onde é produzido em região demarcada. O melhor calvados vem da região conhecida como Pays D'Auge; é uma bebida duplamente destilada em alambiques do tipo pot e envelhecida por um ano, no mínimo, em barris de carvalho. A maioria das marcas é envelhecida por vários anos. O bom calvados é muito seco e suave, com um perfume sutil. É bebido após as refeições ou em qualquer ocasião, como drinque. Bom também para usos culinários. Segundo a tradição, o nome calvados vem de um antigo galeão da armada espanhola que teria naufragado na costa da Normandia, enquanto estava fugindo de Sir Francis Drake. Os brandies de maçã produzidos fora da região demarcada de Calvados são chamados apenas eau-de-vie de cidre.




CONHAQUE (40%)
A mais elegante de todas as bebidas destiladas. Para merecer o nome de conhaque, um brandy tem de ser produzido na região de Cognac, em volta da cidade de mesmo nome, na bacia do rio Charenet, e nas pequenas ilhas ao largo da Costa, na baía de Biscay. As uvas cultivadas nessa região nunca fizeram um bom vinho, mas faz o melhor dos brandies, especialmente nas áreas de Cognac o solo mais áspero. A região está dividida em seis distritos, entre os quais o de Grande Champagne (nada a ver com o vinho espumante) produz o melhor dos conhaques. Em Petit Champagne e Borderies, o conhaque torna-se menos sofisticado, adquire mais corpo e sabor forte. Essas características acentuam-se mais ainda nos conhaques dos outros distritos: Fins Bois, Bons Bois e Bois Ordinaires. Todo conhaque é destilado duas vezes em alambiques to tipo pot e envelhecido por dois anos, no mínimo, em tonéis de carvalho. Mas a maioria dos grandes conhaques é envelhecida por três anos ou mais e é misturada (blended). Três estrelas no rótulo identificam o conhaque mais modesto feito pela distila ria; cinco significam que se trata do grande conhaque da firma. As letras VSOP, num rótulo, querem dizer que o conhaque é envelhecido por mais de quatro anos e meio. VSOP são as iniciais de Very Special Old Pale (brandy velho muito especial), uma reminiscência do antigo comércio com a Inglaterra. Estes conhaques levam às vezes a expressão reserve ou liqueur brandy, uma referência não à palavra licor, mas ao sentido que os franceses dão a liqueur: drinque especial para após as refeições. Já o conhaque rotulado com Napoléon deve ser envelhecido por cinco anos, no mínimo. Algumas firmas produzem o Napoléon ainda mais velhos, e identificamos por expressões como grand-réserve, extra vieille, três vieille, cordon bleu, cordon argent e âge inconnu. Esta última que significa “idade desconhecida” parece meio incongruente, já que o conhaque deteriora após setenta anos no tonel. Porém na garrafa, ele não envelhece.



GRAPPA (40% ou mais)
Nome usado na Itália e na Califórnia para definir um brandy rude e tosco, destilado de cascas, caroços e talos de uva. Algumas grappas são feitas em alambiques do tipo pot. Outras, por um processo no qual o vapor é forçado através do bagaço colocado num recipiente, como uma panela de pressão.
A grappa nova é muito ardente, mas ela fica mais suave quando amadurecida em madeira. É um drinque muito seco e de personalidade selvagem, inspira nos paladares reações entusiasmadas ou mais absoluto desprezo. Uma versão um pouco mais sofisticada é feita na França, sob o nome de marc. Drinques semelhantes são feitos na Espanha, com o nome de aguardente, em Portugal a bagaceira, na Alemanha trestersch e em vários países.

METAXA (42%)
Brandy encorpado e aromático feito com uvas da África pela maior destilaria da Grécia, a Me taxa. Os brandies gregos são às vezes muito doces e espessos e eventualmente adoçados até o ponto de licor. Mas alguns deles são muito bons



POIRE WILLIAM OU WILLIAMINE (45%)
Uma garrafa que cresce em árvores é a principal característica dessa eau-de-vie de pêra do tipo Williams (ou barblett), que desperta a curiosidade até dos bebedores sem imaginação. Explico: as garrafas são presas às árvores de maneira que as peras nasçam dentro delas; quando as peras amadurecem, as garrafas são retiradas e preenchidas com brandy feito de peras do mesmo tipo. Esse processo, ao contrário do que possa pensar, não é um mero truque publicitário: a pêra que fica no interior da garrafa realmente desprende um delicioso aroma de pomar. Os melhores licores desse tipo são os suíços.

Drinks e suas historias

DRY MARTINI, O REI DOS COCKTAILS... E COCKTAILS PARA REIS

Discreto é talvez a melhor descrição deste que é considerado como o "Rei dos Cocktails ou Cocktail para Reis”.

O DRY MARTINI, é magia, é imaginação e também perfeição. Gin e Vermouth Seco, o que haveria de especial em tanta simplicidade?
Vamos começar então pela história. E olha que são muitas as versões. Eu contarei a minha favorita...
Era início do século XX e Nova York prosperava alegre, bonita e fervilhando de bares, cafés, hotéis e restaurantes.
Mas, havia um lugar em especial que o maior Magnata da época elegeu para seu Happy Hour... Depois de mais um longo e duro dia de trabalho. Estamos falando do milionário John Delano Rockfeller Junior, o homem mais rico e poderoso dos Estados Unidos e com um tino comercial que se fazia admirar até mesmo por seus maiores inimigos e   concorrentes da indústria petrolífera, movida pelo recém criado automóvel em série... criado por "Ford".
Do outro lado, havia um Barman de frágil aparência, alegre, simpático, e acima de tudo determinado em sua arte e em seu trabalho. Descendente de Mexicanos, seus pais eram imigrantes fugidos da miséria do país. "Martinez... O Grande", como era conhecido pelos seus amigos, apesar de toda a sua fragilidade física e baixa estatura, era considerado muito inteligente, rápido e perspicaz. O encontro seria inevitável, Rockfeller acostumado ir com freqüência ao bar do Hotel Knickbocker, sempre nos finais de tarde... Aonde tranquilamente terminava a leitura de seu "Wall Street Journal"... E aproveitava para tomar uma bebida, e Martinez recém contratado para ser o novo Barman do hotel, e que ouvira o Maitre D'Hotel dizer, que  algumas tardes freqüentava o bar do hotel a pessoa mais rica e poderosa dos Estados Unidos. Martinez  estava ansioso  para poder conhecê-lo e atendê-lo.

Certo dia num final de tarde,estava Martinez  preparando-se para mais uma noite de trabalho, quando entrou em seu bar um senhor sisudo, meia idade e com certa expressão de preocupação e com cara de poucos amigos. Jornal debaixo do braço... Chegou e foi sentando-se em uma das mesas, abriu seu jornal e lentamente começou a ler. O simpático  Martinez, avidamente foi ao seu encontro, como todo Barman deve fazê-lo. Aproximou-se e ofereceu-lhe uma bebida para tentar quebrar o gelo, sem ter muito o que dizer entre cliente e Barman no primeiro contato.

Rockfeller então, com sua penetrante expressão, baixou o jornal e medindo Martinez de cima para baixo e de um lado para o outro...E hesitante por um  certo momento, mas, logo em seguida como se quisesse lançar um simpático desafio para aquela figura que se encontrava a sua frente,e também por haver interrompido-o, quem sabe justamente no  momento que descobrira alguma formula para ganhar mais alguns milhares de dólares, disse-lhe... - "Sim, gostaria de beber algo jamais experimentado por qualquer outra pessoa.”

Martinez gelou por alguns instantes, mas, rapidamente recobrando toda a sua altivez e novamente colocando seu ágil cérebro a pensar, e encheu-se de brio, e como que por telepatia, e sentindo que estava sendo desafiado,  buscou dentro de si forças e pensou... - Eu sou "Martinez, O Grande". Minha Bisavó foi criada do Libertador das Américas, Simon Bolívar. Meu Avô lutou ao lado do Exercito revolucionário de Zapata, o Heróico guerrilheiro mexicano... E...  Eu não posso ser desafiado por este "Gringo" desta maneira sem responder a altura. Pensou então,... - "Que Hombre seco! - E para los secos, nada mejor que el gin”.

Verteu então uma dose bem generosa de Tanqueray London Dry Gin em um Mixing Glass com gelo, e sem que Rockefeller percebesse, derrubou algumas gotas de Vermouth Francês Noilly Prat na mistura. Como foram apenas gotas, o milionário que acompanhava tudo a distância...  Com muita admiração durante toda a performance de Martinez, não percebeu o truque do Vermouth seco. Martinez mexeu rapidamente a mistura e despejou-a em uma taça de haste fina, de borda delicada em cristal transparente e perfeitamente gelada. E como que para finalizar a obra de arte recém criada, pincelou-o com um “Zest de óleo aromático, proveniente de um Twist de Limão", colocando-o sobre a bebida, criando um raro espetáculo flutuante e aromático.
Então, enchendo-se de coragem e orgulho de sua mais nova criação, ofereceu-o ao milionário John Delano Rockfeller. O sisudo senhor, neste momento já mais relaxado e um pouco mais simpático, tomou um pequeno gole, sem não antes, ter apreciado toda a simplicidade daquela bebida que ele imaginara como sendo apenas gin com perfume de casa de limão, sentiu a principio toda a secura em sua boca, mas que alguns instantes depois seriam invadida por sabores e aromas os mais diversos e incríveis, jamais por ele sentido em qualquer outra bebida que já havia tomado. Então, como num espasmo de encanto pela bebida e admiração instantânea por aquele profissional, e em sua santa ignorância de Anglo-saxão e já naquele instante já totalmente relaxado e a vontade, voltou-se para Martinez... Que o aguardava ansioso como todo grande artista quando expõe sua mais nova criação... E disse-lhe: VERY DRY... VERY DRY... MARTINI...

VERY DRY...
VERY DRY... MARTINI...
Desde aquele instante para felicidade de uma legião de apreciadores de "Martinis" de todos os tipos e em todos os lugares do planeta, nascia, além de uma grande amizade entre John Delano Rockfeller e o Grande Martinez, o "REI DOS COCKTAILS" e que foi batizado pelo artista, como auto-retrato de "Criador e Criatura" e por isto mesmo, chamado naquele momento de " DRY MARTINEZ " ... E com o passar dos anos, tornou-se o simplesmente o "DRY MARTINI".

O MANHATTAN - O VERDADEIRO... HAPPY HOUR AO PÔR-DO-SOL

A cidade conhecida como sendo a “Esquina do Mundo”, nos reserva surpresas a cada momento. Seus bairros elegantes e clássicos... Shows... Luzes... E povos originários de todas as partes do Planeta, transformam-na em um verdadeiro mosaico de Magia... E Sedução com Cores e Sabores.
Símbolo maior desta cidade e reinando absoluta desde o fatídico 11 de setembro, quando as Torres Gêmeas desapareceram por completas de nossos olhos, embora aquela imagem que parecia filme de Hollywood vá marcar a história da humanidade para sempre... A Estatua da Liberdade ainda continua sendo a primeira imagem do visitante quando se fala na Big Apple e de onde se pode apreciar uma das mais magníficas vistas do mundo, ao do sul da Ilha de Manhattam.


E é em Manhattam, nome dado à ilha pelos antigos índios que ali habitavam da “Tribo Algonquim” e formada por cinco distritos Brooklyn, Queens, Bronx, State Island... Além da magnífica Manhattam onde se encontram os principais atrativos turísticos de Nova York.
Manhattam abriga inúmeros Museus conhecidos internacionalmente, como o Metropolitan Museun, o Gughenhein com sua arquitetura rebuscada em forma de caracol, o Sea Port Museun, para visitação de navios ancorados e muitos outros, com um acervo importantíssimo como o Moma – Museun of Modern Art. e o Whitney Museun.
E lá também que encontramos o mais antigo arranha-céu do mundo. Simbologia maior do Imperialismo Americano e guindado novamente a estrela de primeira grandeza, após a tragédia de 11 de setembro. O Empire States building... Sendo ainda o melhor mirante da Cidade. Além deste temos o imponente Chrysler Building com sua cúpula revestida em aço, um dos maiores prédios da cidade, a sede das Nações Unidas, o charmoso Rockfeller Center, famoso pela sua pista de patinação no gelo e a fantástica St. Patrick Church, construída toda em estilo gótico.

 Na gastronomia, uma das maiores e melhores do mundo, Nova York conta com mais de 20 mil bares e restaurantes e que oferecem pratos de qualquer parte do planeta, além de muito entretenimento noturno como danceterias e famosa Broadway com os seus esplendidos musicais.
Seria impossível descrever as mil caras de New York em tão pouco contexto. Tudo deve ser sentido e vivenciado por todos na tão sonhada cidade da liberdade, das luzes, dos portos, dos jardins, das igrejas e sinagogas e que aguarda de braços abertos todos os seus visitantes para lhes mostrar todos os seus encantos e belezas.

Nesta mistura de cores, sabores, lugares e onde o novo e o velho estão espalhados por todas as esquinas, é que surgiu um dos Cocktails mais conhecidos e apreciados no mundo... E que hoje pode ser apreciado não somente pelos Novos Ioquirnos, mas em todos os lugares do mundo... Transportando-nos como que se fosse por osmose para esta magnífica cidade, e nos fazendo recordar por todos os lugares por onde passamos... Em que seus componentes combinam toda a força e o poder da sedução do Whisky...  O equilíbrio amargo do Bitter na dosagem exata... E toda masculinidade italiana do Vermouth Rosso... E que transforma a bebida, deixando-a com tons avermelhados... Lembrando-nos de um dos mais belos pores-do-sol do mundo... E que pode ser apreciado justamente da Ilha que lhe empresta o nome... O “MANHATTAN”.
Criado para aristocracia para comemorar a eleição Samuel T. Tilden... Governador eleito de Nova York no ano de 1874... Especialmente atendendo a um pedido de uma socialite da época e até então sua particular admiradora...  Jenny Jerome e que em um futuro próximo se tornaria a Sra. Randoph Churchil, Mãe do Primeiro Ministro do Inglês... E para quem muitos historiadores apontam como sendo a alma da resistência Inglesa durante a segunda grande guerra...  Também conhecido como um grande apreciador de todos os tipos de bebidas fossem elas puras ou misturadas e que segundo contam tinha o seguinte lema “Jamais tomo mais do que uma boa bebida forte por dia... antes do café da manhã”. Isto além de não se separar de seu charuto cubano curto e que também mais tarde se transformaria através das fábricas cubanas no legitimo “Churchil”, curto o suficiente para não incomodar, e largo o bastante para tornar este prazer ainda mais duradouro.

Histórias e lendas a parte... Este cocktail tornou-se um dos mais populares ícones da Coquetelaria mundial. Feito originalmente com Whisky de Centeio, Vermouth Italiano (os tintos naquela época eram conhecidos desta maneira) e Bitter de laranja... Ele sofreu algumas alterações desde aquele dia em que foi criado no Manhattam Club... Até os nossos dias. O Whisky de centeio fartamente encontrado a época... E por ser um pouco mais leve que o de milho, mais apreciado pelas damas...  E o bitter de laranja muito difícil de ser encontrado... Cederam lugar em definitivo para a aromática Angostura bitter e em grande parte dos bares do mundo as receitas passaram a utilizar o Bourbon muito mais popular, entrando no lugar do Rye Whiskey dando mais corpo a bebida. Variações também surgiram para todos os gostos, misturando-se ao vermouth italiano e o francês e tornando um Manhattam perfeito ou “PERFECT MANHATTAN”...  E para os que apreciam bebidas mais secas, trocando-se o vermouth italiano pelo seco francês... Transformando-se no “DRY MANHATTAN”.
Margarita... Uma Pérola Mexicana!
Acapulco é um dos destinos de praia mais procurados e conhecidos do México.
Entre seus muitos atrativos você poderá apreciar a beleza de sua baía, uma das mais lindas do mundo e de suas praias de ondas suaves e infinitas belezas.
Acapulco oferece ainda aos seus visitantes a ilha de La Roqueta, um lugar ideal para se descansar ou praticar mergulho, e La Quebrada (Elvis Presley rodou ali um dos mais famosos de seus filmes, dando fama mundial aos seus mergulhadores), um espetacular penhasco onde todos os dias você poderá presenciar saltos destes corajosos nativos que se atiram penhasco abaixo em um salto mortal cheio de malabarismos, coreografias e perfeição.
Em seus arredores você também poderá conhecer o Pie de la Cuesta e seus entardeceres maravilhosos e Barra Vieja com seus fantásticos restaurantes especializados em frutos do mar, onde encontrará o mais conhecido tesouro Mexicano da atualidade, tendo se tornado um dos maiores símbolos da cultura deste país mundo afora, séculos depois dos espanhóis ter descoberto e conquistado seus tesouros.
Esta Pérola preciosa que encontramos fora de Museus de história onde são exibidos as relíquias do México em ouro, prata e pedras preciosas dos antigos Maias, Aztecas e outros povos que ali habitavam antes da chegada dos colonizadores europeus e conhecida simplesmente por...  Margarita.
Neste lugar paradisíaco que foi durante muitos anos palco de grandes festas antes que Cancun, Cozumel e Puerto Vallarta se tornassem a coqueluche dos turistas era onde o jet set internacional, milionários e as estrelas de Hollywood como John Wayne, Elizabeth Taylor, Dean Martin, Rita Hayworth, Jerry Lews e muitos outros nostálgicos atores, tinham suas mansões  de veraneio e ofereciam muitas festas regadas a bebidas e a muito Rock and Rol... Isto sem esquecermos de ter sido o lugar preferido por jovens casais americanos em lua-de-mel nas décadas dos anos 60 e 70 como foi o caso de Bill e Hillary Clinton, uma vez que seus cenários naturais distribuídos à volta de sua baía cinematográfica, somadas a uma ótima vida noturna e infra-estrutura hoteleira, tornava ainda mais romântico os apaixonados, sendo um chamariz irresistível as celebrações e ao amor.
Mas foi apenas a partir da década de 70 que este cocktail ganhou os bares do mundo definitivamente, avançando para os anos 80 e 90 e chegando ao novo milênio sem perder seu glamour, apesar de toda a sua mística, por ter ficado conhecido como sendo uma bebida forte e machista... Porém nesta nova era sua fama de bebida masculina perdeu um pouco de seu status, se tornando uma bebida muito popular não somente entre homens, mas também entre as mulheres e jovens apreciadores, de todas as classes e idades, tendo se tornado uma bebida muito apreciada para todas as horas e lugares.


Naturalmente a receita da Margarita tradicional como ficou conhecida internacionalmente, jamais deixará de ser a bebida oficial e legitima representante deste país, sendo o acompanhamento perfeito para ouvir a música dos famosos Mariachis ou para dança das graciosas Margaritas com suas roupas típicas e danças tradicionais... Ir ao México e não experimentar uma Margarita, apreciar seus tacos e as suas picantes comidas, além e conhecer a música dos Mariachis, seria com vir ao Brasil e não experimentar a nossa Caipirinha, o Samba, a Feijoada e o nosso cada vez mais conhecido Churrasco.

Com as novas versões e com seu apelo mais moderno e colorido, Blue, Red, Strawberry e preparadas em máquinas especialmente desenvolvidas para acompanhar sua modernidade e que ajudaram a divulgar os cocktails conhecidos como Frozen, fizeram esta bebida se manter sempre na moda.

Seu principal ingrediente a Tequila também levou bastante tempo para conquistar um lugar ao sol, mas hoje está em todos os cardápios dos principais bares, restaurantes e danceterias por onde quer que estejamos, tendo se tornado um dos grandes produtos de exportação do México.

O primeiro registro disponível sobre a exportação de Tequila é datado de 1873... Mas, na Califórnia a Tequila sempre foi uma espécie de bebida oficial dos estudantes de Los Angeles que a transformaram em moda no final dos anos 60... Depois como resultado de campanhas promocionais ela ganhou ainda mais popularidade... Infelizmente, contudo, as marcas de Tequila que abriram caminho para tal sucesso foram padronizadas para atender à preferência americana por bebidas de sabor mais neutro, roubando da Tequila parte de sua personalidade como aconteceu com a nossa Cachaça no Brasil, mas que agora felizmente ambos estão retomando suas tradições em suas bebidas mais populares e divulgadas.

O México sempre foi uma região desde seus tempos pré-hispânicos em que os povos que ali habitavam, já conheciam e preparavam diversas bebidas a partir do Agave Azul, do Milho, da Baunilha, Cacau e de outras plantas nativas exóticas, cuja finalidade principal era oferecê-las em seus rituais e cerimônias religiosas aos Deuses, pois acreditavam seus Sacerdotes receberem melhor as mensagens enviadas por eles depois consumir estas bebidinhas estimulantes... Aliás, não somente naquele tempo, mas até hoje em dia, depois de três ou quatro Margaritas, ficamos com a impressão de ter visto mais coisas do que nossos olhos nos permitem enxergar.

Mas estas antigas oferendas aos Deuses provenientes do Agave Azul e que era conhecido como Pulque em sua forma primitiva e preparado tendo como base o Agave Azul, uma planta nativa que cresce na Sierra Madre Mexicana, e que se estende por quatro outros estados vizinhos ao de Jalisco. De sua seiva se extrai a essência mágica para o primeiro passo do processo para obtenção através da fermentação tornando-se o Pulque, sendo que em seguida é realizado o processo que os Aztecas somente aprenderam após a chegada dos colonizadores Espanhóis, a arte da Destilação e a transformação do primitivo Pulque em Tequila!... A Tequila como se tornou conhecida no mundo inteiro deve seu nome a uma pequena cidade do estado de Jalisco chamada de Tequila, sendo conhecida no México também como Mezcal. Tradicionalmente  esta bebida é duplamente destilada, sendo as melhores amadurecidas em tanques revestidos com cera ou em tonéis de carvalho, mas que raramente envelhecem por mais de quatro anos.

Tequila... Cointreau...Lima e Margareth Sanders... Uma mistura que se tornou uma jóia rara...

Cocktail feito com duas partes Tequila, uma parte licor Cointreau, e suco fresco de limão, sendo que o sal salpicado nas bordas do copo dá um toque de charme e uma áurea especial de bebida angelical, mas ao mesmo tempo nos faz lembrar o mais famoso ritual Mexicano para se beber Tequila pura. Chupa-se um quarto de limão, toma-se a Tequila e em seguida lambe-se o sal colocado-o sobre o dorso da mão.
A origem deste cocktail deve-se a Margareth Sanders, uma socialite Americana.
Criado provavelmente em 1948 em sua luxuosa mansão de veraneio em Acapulco, quando querendo surpreender seus convidados com algo mais interessante que os tradicionais cocktails conhecidos e as refrescantes cervejas mexicanas, serviu algo que combinasse com o sol, e o ócio diurno em mais um final de tarde fantástico naquele maravilhoso paraíso. Seu marido misturou então, as duas bebidas favoritas da Senhora Sanders... Tequila e Cointreau, além do refrescante limão.

Por muito tempo a Sra. Sanders chamou esta bebida apenas de “o drinque”... Até que certo dia, o Sr. Sanders orgulhoso do sucesso que fazia sua criação quando oferecida para seus convidados, resolveu homenagear sua mulher batizando-a carinhosamente de “Margarita”, tradução de Margareth para o espanhol. Como alguns de seus convidados eram donos de restaurantes bem sucedidos no EUA e outros tantos freqüentadores dos melhores restaurantes e bares, o cocktail logo se propagou, sendo que, seu sucesso foi tamanho que a receita viajou da América para o mundo. Tornando-se moda e caindo no gosto de muitos apreciadores para felicidade de todos nós há mais de meio século.

CAIPIRINHA
SINÔNIMOS DE BRASIL: FUTEBOL... SAMBA E CAIPIRIIINHA

"Quando o Brasil criar juízo e se tornar uma potência mundial, será a Cachaça, e não o Whisky, a bebida do planeta.”
Jurista SOBRAL PINTO

As palavras do saudoso e apaixonado Jurista Sobral Pinto...   Há muito tempo escritas... Estão muito próximas de tornarem-se realidade.
Quando vejo a maturidade política, econômica, social e a Brasilidade por que passa o nosso país desde que restabelecemos a democracia no final da década de 70, e que vem se acentuado rapidamente ainda mais no início deste século, concluo que o grande Jurista... Esteja onde estiver deve estar lembrando-se de sua celebre frase.

Limão, açúcar, gelo, Cachaça... Limão, açúcar, gelo, Vodka... Limão, açúcar, gelo, Ron...Caipirinha... Caipiroska... Caipiríssima??? Hoje em dia temos três tipos. Mas, qual a melhor opção?? Enquanto alguns discutem outros bebem...     todas.
Bebida de corpo e alma brasileiros e ultimamente cada vez mais com carregado sotaque estrangeiro, “Caipiriiinha”... Está cada vez mais se tornando a mais genuína bebida brasileira internacionalmente conhecida... E quem diria que até bem pouco tempo atrás era considerada como sendo de segunda classe em nosso país, devido ao seu principal ingrediente... ”A Cachaça” ser uma bebida muito popular.

Depois de muitos anos da invasão dos Whiskies Escoceses... Das Vodkas Russas...dos Rons Cubanos... nossa Cachaça, Pinga, Aguardente, Malvada, Amansa Corno, Água que passarinho não bebe, Esquenta-corpo, Maria-branca, Suor-de-alambique, Arrebenta-peito, Mel, Mé, Goró, Cana, Loirinha etc. ... Etc.... Etc.... Está se tornando cada vez mais popular entre todas as camadas sociais. Todos pedem sua preferência nacional nos mais diversos tipos de bares e restaurantes... Dos mais simples aos mais sofisticados... E sentem-se orgulhosos em não mais precisar sussurrar aos Barmans, com medo de serem rotulados como não tendo classe, pedindo ao invés das bebidas importadas... A brasileiríssima Caipirinha em bares e restaurantes chiques.

- Uma Caipirinha, por favor!
- De Cachaça??
- Of Course!

Nossos bares também fizeram sua parte destacando-a cada vez mais em suas prateleiras, exibindo das marcas mais populares até seus melhores exemplares... E que por vezes chegam a custar muito mais que doses de bebidas finas importadas...  Fazendo questão de colocá-las em lugar de honra em seus cardápios... À bebida com cara Rústica.. Mística... Quente...Inebriante e carregada de Sabor, Festa e Alegria tipicamente Brasileiras... “CAIPIRINHA”.

Mas, ao contrário do que imaginamos seu principal ingrediente, a “Aguardente” não é nossa primeira bebida aqui fabricada, nem tão pouco foi criado por nós, pois já se produzia Aguardente de cana nas ilhas Portuguesas.

Quando a Europa rumava para uma nova fase histórica, o “Renascimento”, com a ascensão do comércio. Entre outras atividades, este comércio era feito por vias marítimas, pois os senhores feudais cobravam altos tributos pelos comboios que passavam pelas suas terras ou, simplesmente incentivavam o saque de mercadorias. Portugal, por sua posição geográfica, era passagem obrigatória para as naus carregadas de mercadorias. Isso estimulou a introdução da cana-de-açúcar na Ilha da Madeira (Portugal), que foi o laboratório para a cultura de cana e de produção de açúcar que mais tarde se expandiria com a descoberta da América por Cristóvão Colombo. O próprio Cristóvão Colombo, genro de um grande produtor de açúcar na Ilha Madeira, introduziu o plantio da cana na América, em sua segunda viagem ao novo continente em 1493, onde hoje é a República Dominicana. Quando os espanhóis descobriram o ouro e a prata das civilizações Azetca e Inca, no início do século XVI, o cultivo da cana e a produção de açúcar foram quase que totalmente esquecidos.

Oficialmente, foi Martim Affonso de Souza que em 1532 trouxe a primeira muda de cana ao Brasil e iniciou seu cultivo na Capitania de São Vicente. Lá, ele próprio construiu o primeiro engenho de açúcar. Mas foi no Nordeste, principalmente nas Capitanias de Pernambuco e da Bahia, que os engenhos de açúcar se multiplicaram.
 Como conseqüência, a produção de açúcar tornou-se um dos principais produtos de exportação da colônia Portuguesa. Inicialmente, a “Cachaça” era a espuma da caldeira em que se purificava o caldo de cana a fogo lento e que servia apenas como alimento para bestas, cabras, ovelhas. Assim, pôr algum tempo foi considerado um produto secundário da indústria açucareira; sendo mais uma garapa e não tendo nenhum teor alcoólico. Somente depois da metade do século XVI é que a Cachaça passou a ser produzida em alambique de barro, posteriormente de cobre, sob a forma e nome de Cachaça.

Com o passar do tempo à produção da Cachaça foi aumentando e sua qualidade sendo aprimorada. Nos engenhos do nordeste era costume dar Cachaça aos escravos na primeira refeição do dia, a fim de que pudessem suportar melhor o trabalho árduo dos canaviais.
Com o aumento da produção açucareira, espalhando engenhos de cana-de-açúcar pelo Nordeste e o aumento da importação de mão-de-obra escrava para lavoura, acabou-se também por aumentar a produção de Aguardente, sendo que acabou ganhando diferentes nomes nas diversas regiões do Brasil.

Amaldiçoada e desprezada pelos ricos, acabou tornando-se por muito tempo apenas uma bebida popular consumida pelas classes mais baixas.
Com o passar do tempo e o aprimoramento de sua produção acabou atraindo novos consumidores e passou a ter importância econômica para o Brasil colônia. Tal fato tornou-se uma ameaça aos interesses portugueses, pois a Bagaceira bebida típica de Portugal e feita a base de restos de vinificação passou a ser menos consumida. Enquanto a Cachaça saiu das senzalas e se introduziu não só na mesa de Senhores de Engenho, mas também nas casas de ricos Portugueses radicados no Brasil.

Diante desta realidade, a venda da Cachaça chegou a ser proibida na Bahia em 1635, sendo que em 1639 deu-se a primeira tentativa de impedir até o seu fabrico. Ao tempo da transmigração da corte portuguesa em 1808 para o Rio de Janeiro, a Cachaça já era considerada como um dos principais produtos da economia brasileira. Em 1819 já se podia dizer que a Cachaça era a aguardente do país.

 Mas, quando é que nome de Caipirinha teria sido usado pela primeira vez para rotular este cocktail????
 Caipira era o termo usado pelos Paulistas que designava o "Habitante do Campo" e que segundo o Dicionário de Vocábulos Brasileiros de 1889 aparentemente teria originado do Tupi, "Caipora" ou "Curupira". Caipora em uma tradução literal do Tupi significa "Habitante do Mato". “Curupira” é um ente fantástico da mitologia popular brasileira, um demônio que vagueia errante pelo mato com os pés voltados para trás. A Cachaça misturada a alho e limão macerados e adocicado com mel silvestre era tido popularmente como um “Santo Remédio” na cura de resfriados.

 Talvez aqueles que abusavam deste “Santo Remédio” acabavam vendo, valorizados pela mitologia nacional "Curupirinhas" à sua volta, e tivesse surgido daí o nome da bebida “Caipirinha”. “A bebida passou de remédio para cocktail, quando trocou o mel pelo açúcar, retirou-se o alho da mistura e manteve-se o limão macerado, a Cachaça”, além de acrescentar o gelo. 
 Bebida de sabor ácido, aroma cítrico e paladar agradável, dando água na boca, a Caipirinha entrou em 1997 para o seletíssimo grupo de Cocktails da I.B. A (Internacional Bartender’s Association), sendo assim divulgada em mais de 50 países e oferecida nos principais cardápios de bares e restaurantes mais famosos do planeta, pelos maiores Mestres da Arte da Coquetelaria. Este foi mais um grande empurrão para que em breve creia eu, possa tornar-se um dos cocktails mais apreciados e conhecidos mundo afora.
Bebida versátil e dependendo da maneira como preparada, podendo ser consumida a toda hora como Aperitivo (mais acida com maior quantidade de Cachaça e limão e menos açúcar), Refrescante (com menor volume de Cachaça e maior de açúcar, limão e gelo) ou até mesmo como um ótimo Digestivo (mais Cachaça, açúcar e menos limão) está se tornando um hit entre todas as camadas sociais.. Homens e Mulheres... Jovens e Velhos... Sendo que ultimamente tem sido feita nas mais diversas variações de frutas tropicais ou exóticas... Tendo como pano de fundos milhões em investimentos e melhorias nos seus processos de fabricação industrial... Isto além de ser divulgada nos principais meios de comunicação como jornais, revistas, televisão, sendo realizadas campanhas publicitárias milionárias comandadas pelas maiores agências de publicidade, sempre realizadas por grandes publicitários... Isto tudo sem jamais perder seu sotaque, simplicidade, alma e sua origem popularmente Brasileiríssima.


Daiquiri e Mojito
Quase 40 anos depois de sua morte o famoso escritor americano Ernest Hemingway, autor de inúmeros livros de sucesso entre os quais O Velho e o Mar mostram-se mais do que nunca presente no mundo das letras, cultura, arte e gastronomia.
Conhecido por ter sido um grande machista, passado por quatro casamentos... Sobrevivido a duas grandes Guerras Mundiais, tendo entre elas a Guerra Civil Espanhola durante a qual foi correspondente voluntário, tendo-se enfileirado nas trincheiras republicanas... Sua vida e sua morte foram sempre cheias de história e aventura, amor e desilusão, e estes ingredientes por si só já formam um grande e épico romance contemporâneo.
Não bastasse tudo isso, Hemingway adorava as boas coisas da vida, jamais dispensando uma bebida ou aventura. Aliás, ele participava de todos os tipos de esportes radicais que existiam em sua época como boxe, touradas, pescarias marítimas e os grandes safáris nas savanas africanas.
Hemingway foi também o autor norte americano que talvez mais tenha despertado interesse de Hollywood. Seus textos de frases curtas e a transparência psicológica criada em todos os seus personagens encantavam os grandes diretores de cinema e o sucesso literário de seus livros criava os argumentos necessários para convencer qualquer que fosse o produtor.
Desta forma muitas versões de seus livros povoaram as telas de cinema e transformaram-se em sucesso de critica e público. Entre elas: Adeus as Armas, que foi filmado três vezes e o Velho e o Mar que acabou ganhando duas versões, assim como o conto, Os Assassinos.
Os elencos eram sempre compostos por uma constelação de estrelas tão grande como o céu de Cuba, quando deixava seus bares prediletos com umas e outras a mais na cabeça... Atores como Gary Cooper e Ingrid Bergman em Por Quem os Sinos Dobram Rock Hudson em Adeus as Armas, Spencer Tracy e Anthony Quinn que interpretaram o velho Santiago, respectivamente nas duas versões do Velho e o Mar, Ava Garner e Gregory Peck em as Neves do Kilimanjaro ajudaram a eternizar estas obras literárias nas telas dos cinemas. Além de suas obras fascinarem atores e diretores, pois todos tinham certeza do sucesso.
Mas, a obra que sem dúvida mais marcou a carreira de Hemingway, foi o Velho e o Mar, quando seu personagem principal do quase monólogo, o velho pescador Santiago passa quase todo o texto tentando convencer a si mesmo que ainda é capaz de enfrentar a imensidão do mar e capturar aquele enorme peixe, lutando com todas as suas forças contra tubarões famintos que tentam tirar-lhe seu maior troféu. A precisão contida em seus monólogos neste livro deram-lhe dois dos mais cobiçados prêmios literários do mundo, o Nobel de literatura e o prêmio Pulitzer.
Isto tornou Hemingway um imortal literário de corpo, espírito e biografia. Essa imortalidade criada através da lenda Hemingway, acabou eternizando alguns de seus maiores prazeres, entre elas, algumas de suas extravagâncias etílicas ocorridas em famosos bares pelo mundo afora.
Tendo nos brindado com algumas pérolas que retratam seu gosto pelos cocktails, como por exemplo, em uma tirada sobre o velho e bom Dry Martini e suas controvérsias de como seria a melhor maneira de prepará-lo. Hemingway costumava dizer o seguinte: “se por acaso você se perder na imensidão das savanas africanas durante um safári, bastará começar a preparar um Dry Martini e com toda a certeza, em menos de cinco minutos aparecerá alguém para dar um palpite de como deve ser a melhor maneira de prepará-lo”.
Mas nenhuma outra bebida encantava tanto o velho “Papa” como o Rum. Hemingway que morou em Cuba durante muitos anos, acabou por render-se a este inebriante destilado feito de cana-de-açúcar. Foi por lá também e graças as dois Bares e a dois Cocktails internacionais famosíssimos e que ele muito ajudou na popularização, criando mais uma de suas mais célebres pérolas e que ecoam quase que como um poema, na qual demonstra todo este amor pelo país e pela bebida: “My Mojito en La Bodeguita, My Daiquiri en La Floridita”... Dizia amigos mais próximos que isto não era apenas uma paixão, mas quase uma devoção, pois ele costumava consumir estes dois cocktails em dúzias como se estivesse diante de um afrodisíaco prato de ostras frescas e maravilhosas colhidas no pacifico.
O rum que foi a bebida de Marinheiros e Piratas e que deu a volta ao mundo através de navios em batalhas, descobrimentos e conquistas, e que era consumido como se fosse água uma vez que se acreditava que tomando rum ao invés da água durante as longas viagens, poderia livrar-se do terrível mal do escorbuto que dizimava tripulações inteiras causando-lhes a morte, e que mais tarde foi diagnosticado como sendo devido à falta de vitamina C no organismo e não devido à falta de água potável que causava outros males terríveis e até a morte, mas não este... Esta mesma bebida e esta mesma crença da cura do escorbuto através do rum levaram a Marinha Real Inglesa a liberar uma dose diária a todos os seus Marinheiros para prevenir o mal. Determinação esta que somente acabaria no século XX, na década 70, centenas de anos após a descoberta da cura da doença, através da ingestão da vitamina C obtida com uma dieta mais balanceada e rica em frutas e verduras, além de complexos vitamínicos, já totalmente incorporados ao dia a dia dos Marinheiros.
Outro detalhe interessante sobre o rum é ter sido a primeira bebida destilada consumida em grande escala no velho oeste americano, ao contrário do que vemos nos velhos filmes de cowboy, onde homens exauridos depois de longas jornadas e com muita poeira na garganta bradavam por uma garrafa de whisky para os Bartenders nos Saloons.
Um pouco mais de estórias de bebidas... E misturas
Vou começar pelo nosso Daiquiri... Existem inúmeras versões sobre a sua origem...
Mas, eu como sempre gosto de magia e poesia contida nessas criações, além de muitas aventuras, vou contar a minha versão preferida que diz sobre soldados cubanos que combatiam os colonizadores espanhóis no final do século XIX. Eles carregavam amarrados em suas cinturas um pequeno odre de couro contendo uma mistura de rum branco e suco de limão. Diziam ser uma poção mágica e também um poderoso elixir que lhes dava coragem e valentia para os duros combates.
Depois dos espanhóis, foi à vez dos soldados americanos enfrentarem estes valentes guerreiros munidos de suas poções mágicas ao invadirem Cuba, entrando pela praia de Daiquiri. Estes novos invasores logo também criaram gosto por este elixir, mas dando um toque especial à bebida acrescentando gelo picado para ajudar a aliviar o escaldante calor da região, e o batizaram com o sugestivo nome da praia onde haviam desembarcado e combatido tão valentes opositores: Daiquiri.
O famoso restaurante e bar La Floridita (Calle Monserrate, 557 esquina com Obispo) que ficou conhecido como o templo mundial do Daiquiri (suco de limão, rum carta branca, açúcar e gelo frapê).  Hemingway tornou-o famoso no mundo todo, tendo recebido inclusive como uma justa homenagem até um busto de bronze, além do último banco do balcão bar estar com uma corrente separando-o dos demais, pois dizem era ali que costumava sentar nos finais de tarde para tomar seus Daiquiris. Outro nome não menos famoso no La Floridita foi seu Bartender Constantino Ribalagua, a quem seu principal cliente, Hemingway creditava a perfeição na preparação deste cocktail.
O Mojito e sua origem
O outro endereço imortalizado por Hemingway em Cuba devido ao seu famoso cocktail Mojito é o bar La Bodeguita Del Médio (Empedrado no. 207).
Na estória da origem deste cocktail segundo o próprio Hemingway gostava de contar, teria surgido das mãos do aventureiro e Almirante Inglês Sir Francis Drake, que teria misturado folhas de hortelã maceradas com rum, criando uma infusão com a finalidade de ajudar no combate aos problemas respiratórios como asma e também nos males estomacais que atingiam seus Marinheiros. Dizem que as doenças não foram curadas, mas que o número de doentes aumentou muito somente para ganhar uma dose extra de rum, mesmo que ela viesse batizada com as folhas de hortelã maceradas.
Daí para se transformar em um cocktail popular bastou à criatividade de algum Bartender, entrando em ação com seu incrível poder criativo e de transformação, acrescentando-lhe o suco de limão, gelo e a água com gás, transformando-o em uma bebida muito refrescante e excelente ajuda para enfrentar o causticante sol do Caribe.
E como dizia Hemingway em outra de suas célebres e poéticas frases que deixou como legado para todos nós, amantes da boa bebida e da boa conversa: “Faça sempre lúcido o que você disse que faria bêbado. Isso o ensinará a manter sua boca fechada.”

Cachaça - a aguardente à moda brasileira


Foram os portugueses que trouxeram para o Brasil a nossa matéria prima, a cana-de-açúcar, quando aqui estabeleceram os primeiros núcleos de povoamento e implantaram a agricultura. Os lusitanos já tomavam e gostavam da Bagaceira. Tudo começou entre 1532 e 1548, na Capitania de São Vicente, quando foi descoberto, por acaso, o "vinho" da cana-de-açúcar. Melhor dizendo, a garapa azeda da cana. Essa garapa vinha dos engenhos de rapadura e ficava ao relento, em cochos de madeira, servindo apenas de alimento para os animais. Assim, fermentava com facilidade. Alguém provou e notou que era melhor do que o cauim, dos índios, uma bebida produzida com o emprego de cuspe para facilitar a fermentação do milho (ou mandioca). O Caldo azedo, com o nome Cagaça, passou então a ser fornecido aos escravos para que pudessem suportar melhor a pesada carga de trabalho nos canaviais. Logo, porém, tiveram a idéia de destilar a cagaça e nasceu assim, a cachaça. As primeiras destilarias de cachaça (do século XVI ao XVII) eram denominadas de "casas de cozer méis" e logo se multiplicaram, pela facilidade de já existirem engenhos para produção de açúcar e rapadura. A novidade foi tão apreciada que se tornou moeda corrente entre os escravos. A Corte tentou várias vezes, proibir o consumo (em 1635) e até a fabricação (em 1639) da cachaça, mas não conseguiu. O motivo, logicamente era a concorrência com a Bagaceira. A bebida já era muito apreciada e servia também para abrandar o frio, sobretudo nas baixas temperaturas como as da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, onde uma grande população se aglomerou em busca de ouro. Em 1756, não tendo tido êxito, na proibição da fabricação e muito menos do consumo, o Rei de Portugal resolveu taxar a nova bebida. A aguardente de cana-de-açúcar foi, nessa época, um dos produtos brasileiros que mais contribuíram com impostos. Esses recursos foram fundamentais para a reconstrução de Lisboa, abalada por um violento terremoto no ano anterior. A Aguardente brasileira foi assim, um símbolo de resistência à dominação portuguesa e esteve presente na mesa dos Inconfidentes. Logo melhoram as técnicas de produção. A Cachaça era exaltada por todos como uma ótima bebida e consumida até em banquetes palacianos. Misturada ao gengibre e outros ingredientes, era apreciada também nas festas religiosas portuguesas com o nome de Quentão. Quando se iniciou a economia cafeeira, a implantação da república e a abolição da escravatura, a nossa cachaça passaram a ser vítima de um preconceito irracional. Em 1922, no entanto, com a Semana da Arte Moderna, a cachaça ganhou novamente o reconhecimento que merecia. Outras invenções genuinamente brasileiras, como o samba e a feijoada fizeram parte do resgate do brasileirismo. A cachaça ainda hoje enfrenta algum preconceito, mas hoje bem menos do que antes. Atualmente, várias destilarias, em todo o país, produzem cachaças de excelente qualidade. São centenas, talvez milhares de marcas. Minas, Ceará e Pernambuco, possuem juntos mais de mil marcas. Muitas com controle de qualidade e embalagens dignas do melhor uísque. Tal empenho dos fabricantes conquistou o público feminino, abriu o comércio internacional e a nossa cachaça ganhou o mundo. AGUARDENTE, Nome genérico, nos países de língua espanhola e portuguesa, para bebidas destiladas e fortes.
Na Espanha, aguardente é um drinque feito com a casca, o caule e as sementes das uvas, semelhante à grappa italiana e ao maré francês. Na América Latina, aguardente é a bebida destilada de cana-de-açúcar, conhecida no Brasil como cachaça.

Wyborowa sabores inéditos


Rose, Orange e Apple são os novos sabores da consagrada vodka Premium polonesa que prometem ser a sensação do verão.
Conhecida como a vodka da moda e presente nas melhores festas do mundo, Wyborowa - principal marca de vodka importada da Pernod Ricard - inova mais uma vez e traz para o Brasil três sabores inéditos: rosa, laranja e maçã. As versões estarão disponíveis, a partir de novembro de 2006, em garrafas de 700 ml, nas principais lojas de delicatessens de São Paulo e Rio de Janeiro, por um preço médio de R$ 60,00.
Com as novas versões, Wyborowa amplia a sua linha de produtos, passando a contar com três variantes: a clássica vodka Wyborowa, Wyborowa Single Estate – versão super Premium da bebida – e aromatizadas: Wyborowa Rose, Wyborowa Orange e Wyborowa Apple.

Wyborowa Orange possui um sabor mais seco, com um leve gosto de casca de laranja. Já Wyborowa Apple tem um paladar mais adocicado, enquanto Rose traz um sabor que remete ao verão, com toques florais e um bouquet mais frutado.
A categoria de vodka está crescendo e, cada vez mais, a bebida é matéria-prima fundamental na elaboração de drinques sofisticados. Os consumidores sempre estão em busca de novidades e gostam de experimentar sabores e drinques diferenciados, com toques exóticos”,
Além de manter a tradição que consagrou Wyborowa como a mais renomada marca de vodka polonesa, a Pernod Ricard também passa a oferecer aos consumidores novas opções de produto para os mais diferentes e refinados paladares.


Wyborowa

Wyborowa é uma wódka Premium, elaborada com puro centeio, cultivado numa area exclusiva do noroeste da Polônia, onde as condições de clima e solo são mais amenas do que em outras partes do país.
A produção de Wyborowa segue uma regra de 3 x 3, ou seja: triplamente limpa,
triplamente destilada e triplamente filtrada. Somente a melhor parte intermediária de cada um destes processos entra em sua composição final.
A fidelidade à receita tradicional polonesa, faz de Wyborowa uma bebida celebrada no mundo todo.
Wyborowa é percebida pelo público como uma das mais tradicionais marcas de
Vodka comercializada no Brasil.

Conhecendo a embalagem

  • Tampa exclusiva é completamente lisa com o logo Wyborowa impresso, assim como o novo símbolo com os 3 elementos da Wódka Wyborowa (centeio destilação e água);
  • Corpo da garrafa mais alongado e pescoço mais arredondado;
  • Uso do ícone do centeio em vermelho, afirmando as raízes do produto;
  • Inclusão da data 1823 para reforçar a autencidade do produto. Retrata o ano que obtivemos a licença para destilar Wódka Wyborowa em Poznan, Polônia;
  • Uso das linhas verticais presentes na embalagem antiga são mantidas, porém de uma forma mais discreta e elegante. Inclusão de uma linha dourada para o efeito visual agradável e de linhas verticais na parte de trás em alto relevo para uma interação de sentido mais aguada com a garrafa.



Processo de Produção

1o Passo - Tradição Rural

  • MISTURA - O centeio é moído na destilaria antes de ser aquecido a vapor em um grande tonel. O produto resultante deste aquecimento é convertido em açúcar através da adição de enzimas, produzindo um líquido doce.

  • FERMENTAÇÃO - Esse líquido doce é transferido para os tanques de fermentação e misturado com fermento para dar início ao processo. O açúcar é convertido em alcool. Uma vez completada o processo de fermentação, o líquido resultante, o "wash", possui um teor alcoólico entre 7%-11%.

  • DESTILAÇÃO - O "wash" é então destilado em um alambique de aço, formando um produto com 90% de teor alcoólico. São necessários 3 kg de centeio para produzir 1 litro de destilado. Esse "destilado puro" é transferido para a planta de retificação para futura purificação.


2O Passo - Tecnologia Moderna

  • RETIFICAÇÃO - As habilidades do funcionário da destilaria consistem em equilibrar a pureza com as características genuínas do centeio. O destilado puro passa por 3 colunas de destilação para remover as impurezas e reter o sabor do centeio.

  • DILUIÇÃO - Antes de ser engarrafada, a Wyborowa precisa apresentar um teor alcoólico de 40% através da diluição em água. Essa água é oriunda da uma fonte natural encontrada na própria destilaria de Wyborowa.


  • FILTRAGEM - Uma vez diluída, a vodka passa através de filtros para certificar que pequenas partículas ou sedimentos permaneçam em suspensão na vodka. O processo de filtragem fornece a clareza ao líquido, mas não afeta seu sabor.

ENGARRAFAMENTO - A vodka filtrada é levada à linha de engarrafamento onde 5000 garrafas de Wyborowa são cheias por hora. As garrafas permanecem nos estoques da destilaria até estarem prontas para venda





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